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Uma em cada nove pessoas passa fome no mundo - mas já foi pior

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O número de pessoas que passam fome no mundo reduziu para 795 milhões – 215 milhões a menos do que em 1990-92, conforme indicou o relatório anual sobre a fome da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os números mostram que o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de diminuir pela metade a proporção de pessoas que sofrem de subalimentação crônica conseguiu ser alcançado. Foram 72 países que atingiram a meta, de um total de 129.

Os ODMs foram criados em 2000, quando o Brasil e outros países se comprometeram a cumprir, até 2015, um pacote de metas estipulado pela ONU.

Entre essas metas, diminuir a miséria no mundo pela metade, reduzir a mortalidade materna, universalizar a educação – e erradicar a fome, objetivo alcançado pelos brasileiros antes do prazo final.

De acordo com o relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), nas regiões em desenvolvimento, a prevalência de subalimentação – que mede a porcentagem de pessoas que não consomem alimentos suficientes para levar uma vida ativa saudável – reduziu para 12,9% da população. Essa parcela era de 23,3% há 25 anos.

América Latina e Caribe

Dentre os avanços observados pelo relatório da FAO, a América Latina e o Caribe foram destaque, pois diminuíram a proporção de pessoas que passam fome de 14,7% para 5,5% desde 1990; e o número de crianças menores de 5 anos abaixo do peso também foi reduzido notavelmente de 7% para 2,7%.

Ásia

Nesse continente, a Organização observou tendências desiguais em diferentes regiões. Os países da Ásia Oriental e do sudeste asiático alcançaram redução constante e rápida em ambos os indicadores de má nutrição, impulsionados pelo investimento em infraestruturas hídricas e de saneamento, bem como perspectivas econômicas favoráveis.

Já ao sul, a prevalência de subalimentação diminuiu ligeiramente – de 23,9% para 15,7% –, entretanto a redução da insuficiência de peso em crianças pequenas alcançou um progresso maior.

Na Ásia Ocidental, a incidência de fome tem aumentado devido às guerras, conflitos civis e consequências do grande número de refugiados em alguns países.

África

O norte da África, segundo o relatório, está perto de alcançar a erradicação da insegurança alimentar severa. A prevalência de subalimentação está abaixo de 5%, enquanto a qualidade da dieta representa uma crescente preocupação na região, que tem experimentado um aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade.

Solução

Não existe ainda uma única solução para melhorar a segurança alimentar no mundo, mas alguns fatores desempenham papel importante para alcançar as metas de luta contra a fome.

Um deles é a melhoria da produtividade agrícola, especialmente com a pequena agricultura familiar. O crescimento econômico amplia a base de recursos fiscais para financiar as transferências sociais e outros programas de assistência, por isso, deve ser inclusivo para ajudar a reduzir a fome.

Para o cientista político e diretor da agência Abridor de Latas – Comunicação Sindical, Guilherme Mikami, a ampliação da proteção social é uma forma de ajudar na redução da fome. “Transferências de renda às famílias vulneráveis, doação de alimentos e programas de segurança médica ou refeições escolares garantem que todos os membros da sociedade contem com uma alimentação saudável para levar uma vida produtiva. Apesar dos avanços, ainda é um absurdo a quantidade de pessoas que passa fome no mundo”, afirma.

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